Com mais de um século de existência no Brasil, o Ramo Crédito reúne cooperativas destinadas à prestação de serviços financeiros a seus cooperados, sendo a eles assegurado o acesso aos instrumentos e soluções disponíveis no mercado. Com condições mais adequadas à realidade financeira dos seus cooperados, as cooperativas de crédito garantem ao seu quadro social um atendimento personalizado e de alta qualidade, exercendo um papel estratégico na inclusão e educação financeira de milhões de pessoas em todo o país.
E esse diferencial também pode ser visto nos números:
em 2021, o cooperativismo de crédito somou 763 cooperativas. Juntas, essas instituições englobam mais de 13,9 milhões de cooperados e geram 89 mil empregos diretos, refletindo em mais qualidade de vida e desenvolvimento!
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
sul
O cooperativismo de crédito é, atualmente, regulamentado pela Lei Complementar 130/2009. Em 2021, o Sistema OCB somou mais de 700 cooperativas de crédito com registro ativo e autorizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB) a funcionar. Esse universo é composto por 30 centrais, duas confederações e 701 singulares. As cooperativas singulares, em função de suas operações, foram divididas pela Resolução CMN 4.434/15 em três categorias*:
PLENAS
Podem realizar praticamente todas as operações autorizadas a uma instituição financeira, inclusive nas que assumam exposição pela venda ou compra de ouro, em transações com moeda estrangeira, em operações sujeitas à variação cambial, entre outras. Ou seja, operações de maior complexidade e risco. Segmento composto por 71 cooperativas ativas junto à OCB.
CLÁSSICAS
Estão autorizadas a realizar todas as operações típicas de uma instituição financeira, notadamente relacionadas à intermediação financeira e pagamentos. Segmento composto por 496 cooperativas ativas junto à OCB.
CAPITAL E EMPRÉSTIMO
São distintas das demais por estarem impedidas de realizar captação de depósitos. Segmento composto por 134 cooperativas ativas junto à OCB.
As cooperativas de crédito prestam serviços financeiros aos seus cooperados, mas possuem um propósito que vai muito além disso: melhorar a qualidade de vida das pessoas e gerar desenvolvimento para a sociedade. Todos que fazem parte da cooperativa são donos do negócio, participando ativamente da gestão e da tomada de decisões. Ao possuírem um modelo de atendimento centrado nas pessoas, elas transformam agências de relacionamento em espaços que vão além dos negócios, promovendo a convivência, troca de experiências e formações sobre cooperativismo e educação financeira. Dessa forma, o segmento vem ganhando cada vez mais espaço no sistema financeiro, se apresentando como a principal instituição financeira para uma população estimada de 4,16 milhões de pessoas em todo o país. Somado ao fato de possuir a maior rede de atendimento no país, 7.976, o sistema nacional de crédito cooperativo, se consolida como um dos principais agentes de inclusão financeira.
E a importância do cooperativismo de crédito também pode ser vista nos
indicadores financeiros do setor:
Em 2021, as cooperativas do ramo somaram R$ 518 bilhões em ativos
totais. Outra prova da relevância do ramo são as sobras do exercício que
totalizaram mais de 10 bilhões!
* Informações referentes às cooperativas de crédito autorizadas pelo Banco Central a funcionar e registradas junto ao Sistema OCB. Fonte: Relação de Instituições em Funcionamento no País, 2021 BCB , SouCoop, Sistema Desempenho.
E os resultados alcançados pelas cooperativas crédito também voltam para a sociedade com mais desenvolvimento e qualidade de vida: Em 2021, elas investiram mais de R$ 5 bilhões despesas com pessoal
A intercooperação, sexto princípio do cooperativismo, é uma estratégia de negócios onde mais pessoas cooperam e ganham. Por meio de parcerias e negociações, duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, podem firmar acordos de transações comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. E em meio a atual crise sanitária provocada pela pandemia, a intercooperação fortalece ainda mais as cooperativas, que saem cada vez mais fortes e competitivas diante das adversidades apresentadas.
A intercooperação, sexto princípio do cooperativismo, é uma estratégia de negócios onde mais pessoas cooperam e ganham. Por meio de parcerias e negociações, duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, podem firmar acordos de transações comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. E em meio a atual crise sanitária provocada pela pandemia, a intercooperação fortalece ainda mais as cooperativas, que saem cada vez mais fortes e competitivas diante das adversidades apresentadas.
Em 2021:
15% das
cooperativas de crédito
adquiriram produtos de cooperativas Agropecuárias
15% das
cooperativas de crédito
adquiriram produtos e serviços de cooperativas de Trabalho
15% das
cooperativas de crédito
utilizaram serviços de cooperativas de Transporte
57% das
cooperativas de crédito
utilizaram planos de saúde de cooperativas de Saúde
Mesmo em tempos de crise, O Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) mostra sua resiliência e cresce no mercado brasileiro, enquanto grandes instituições financeiras vêm reduzindo suas participações. Nossas cooperativas destacam-se pela qualidade dos serviços e do atendimento, atuando ao mesmo tempo como negócios locais com marcante interesse pela comunidade. Com uma carteira de crédito de mais de R$ 258 bilhões em 2021, o setor detém hoje a maior rede de atendimento do Brasil com 7.976 pontos. Isso reforça a capacidade do ramo em contribuir com o processo de inclusão financeira no Brasil, levando a mais pessoas o acesso a produtos e serviços do mercado financeiro.
No Brasil, o cooperativismo de crédito está presente em mais da metade dos municípios, e em 275 deles é a única instituição financeira fisicamente presente. Quando falamos de municípios que possuem presença apenas de cooperativa e posto de atendimento avançado, podendo este último ser apenas eletrônico, esse número sobe para 754 municípios onde não existem outras instituições financeiras.
Confira outros importantes resultados do cooperativismo de crédito:
*Fonte: CONFEBRAS, BCB.
Informações referentes às instituições financeiras autorizadas pelo BCB a funcionar.
Em 2021, o volume dos depósitos totais das cooperativas de crédito somou mais de
R$ 292 bilhões
Desse Total:
25,4%
Depósitos à vista
12,9%
Depósitos em poupança
61,4%
Depósitos a prazo
0,3%
Outros depósitos
*Fonte: FGCOOP/Banco Central do Brasil.
Informações referentes às instituições financeiras autorizadas pelo BCB a funcionar. Foram consideradas cooperativas singulares, centrais e bancos cooperativos. Os dados mais atuais são os de setembro de 2021, devido à greve do BCB.
Já o volume de operação de crédito representa 6,58% do SFN ultrapassando
R$ 258 bilhões
*Fonte: FGCOOP/Banco Central do Brasil.
Informações referentes às instituições financeiras autorizadas pelo BCB a funcionar. Foram consideradas cooperativas singulares, centrais e bancos cooperativos. Os dados mais atuais são os de setembro de 2021, devido à greve do BCB.
Aumento de 25% em 2021
O cooperativismo de crédito sempre teve grande importância para suportar os desafios em tempos de crise. E não foi diferente na última que enfrentamos e que, inclusive, ainda estamos sentindo os seus efeitos – pressão inflacionária, corrosão da capacidade de pagamento dos cidadãos e retração no crescimento do país.
Nossas cooperativas, no entanto, seguiram e seguirão fortes na concessão de crédito, na expansão territorial e no aumento da base de cooperados. Referências no movimento de inclusão e educação financeira, o cooperativismo de crédito se mostra como vetor importantíssimo para a manutenção de negócios em todo o país, principalmente pequenos e médios.
Como efeito, além da sociedade, a própria administração pública tem visto no cooperativismo uma importante ferramenta para o desenvolvimento social e inclusão financeira no nosso país.
E para que o cooperativismo mantenha o ritmo de crescimento, ganhando ainda mais protagonismo no Sistema Financeiro Nacional, é necessária a atualização contínua das regras que disciplinam o nosso modelo e o ambiente de negócios. Será esse o principal desafio que o setor enfrentará nos próximos anos com a atualização da Lei Complementar 130/2009 através do PLP 27/2020 e sua respectiva regulamentação.
Vale destacar, também, o Open Banking que além de informações sobre produtos e serviços financeiros tradicionais inclui também dados transacionais sobre câmbio, serviços de credenciamento, investimento, seguros e previdência ofertados pelas instituições financeiras. Essa iniciativa tende a promover um substancial aumento da transparência sobre as ofertas do mercado, auxiliando a tornar mais visíveis os diferenciais competitivos do cooperativismo de crédito.
MARCO PARA O COOPERATIVISMO DE CRÉDITO: A APROVAÇÃO DO PLP 27/2020
Dia 13/07 foi histórico para as cooperativas de crédito. Foi aprovado, por unanimidade, o PLP 27/2020, que moderniza a Lei das Cooperativas de Crédito (LC 130/2009).O texto aprimora a legislação em três perspectivas: atividades e negócios; organização sistêmica; e gestão e governança do modelo. Entre outros pontos, a medida prevê que as cooperativas de crédito possam disponibilizar novos produtos ao quadro social, com mais agilidade e modernidade. Também torna impenhoráveis as quotas-partes de capital das cooperativas de crédito e permite campanhas promocionais visando atração de novos associados, entre outros avanços. Quer saber mais sobre essa mudança? Acesse nossa Análise Política!