Infraestrutura

Composto por cooperativas que fornecem serviços essenciais para seus associados, o Ramo Infraestrutura, oferece recursos para melhoria da qualidade de vida e pleno desempenho das atividades produtivas da sociedade. Com mais de 80 anos de existência no Brasil, hoje o ramo reúne cooperativas que prestam serviços como: distribuição de energia elétrica, saneamento básico, telecomunicação, construção civil, irrigação e habitação. Participando em todas essas frentes, as cooperativas de infraestrutura são agentes de extrema relevância para seus cooperados e para as regiões onde estão presentes, contribuindo diretamente para o desenvolvimento e a qualidade de vida nas cinco regiões brasileiras.

E esse retorno também pode ser visto nos números:

em 2021, o ramo somou 263 cooperativas, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Com mais de 1,2 milhões de cooperados, o cooperativismo de infraestrutura gerou 7 mil empregos, confirmando mais uma vez a sua importância para o país.

Cooperativas Cooperados Empregados 0 0 0 2021 2021 2021 0 0 0 2020 2020 2020 0 0 0 2019 2019 2019
Cooperativas 0 2021 0 2020 0 2019 Cooperados 0 2021 0 2020 0 2019 Empregados 0 2021 0 2020 0 2019

Panorama do Cooperativismo de Infraestrutura no Brasil

AM AC RO MT RR AP PA MS RS SC PR SP GO DF MG TO MA PI BA PE CE SE AL PB RN ES RJ
Amazonas NORTE
Cooperativas Cooperados Empregados 1 93 0 2020 2021

Panorama do Cooperativismo de Consumo no Brasil

Norte

Nordeste

Centro-Oeste

Sudeste

sul

Paraná

Cooperativas

17

Cooperados

12.788

Empregados

328

Santa Catarina

Cooperativas

39

Cooperados

406.544

Empregados

2130

Rio Grande do Sul

Cooperativas

36

Cooperados

558.810

Empregados

2.551

São Paulo

Cooperativas

41

Cooperados

84.251

Empregados

1.087

Espírito Santo

Cooperativas

4

Cooperados

16.400

Empregados

3

Rio de Janeiro

Cooperativas

25

Cooperados

26.737

Empregados

289

Minas Gerais

Cooperativas

28

Cooperados

42.027

Empregados

20

Goiás

Cooperativas

9

Cooperados

871

Empregados

142

Mato Grosso

Cooperativas

2

Cooperados

1.909

Empregados

15

Mato Grosso do Sul

Cooperativas

5

Cooperados

7.062

Empregados

202

Distrito Federal

Cooperativas

9

Cooperados

1034

Empregados

44

Acre

Cooperativas

0

Cooperados

0

Empregados

0

Amapá

Cooperativas

0

Cooperados

0

Empregados

0

Amazonas

Cooperativas

1

Cooperados

93

Empregados

0

Pará

Cooperativas

2

Cooperados

41

Empregados

0

Rondônia

Cooperativas

2

Cooperados

42

Empregados

0

Roraima

Cooperativas

1

Cooperados

20

Empregados

0

Tocantins

Cooperativas

2

Cooperados

40

Empregados

2

Alagoas

Cooperativas

0

Cooperados

0

Empregados

0

Bahia

Cooperativas

1

Cooperados

25

Empregados

0

Ceará

Cooperativas

1

Cooperados

22

Empregados

0

Maranhão

Cooperativas

3

Cooperados

43

Empregados

0

Paraíba

Cooperativas

3

Cooperados

103

Empregados

1

Pernambuco

Cooperativas

19

Cooperados

51.433

Empregados

75

Piauí

Cooperativas

3

Cooperados

85

Empregados

0

Rio Grande do Norte

Cooperativas

10

Cooperados

23.915

Empregados

94

Sergipe

Cooperativas

1

Cooperados

6.814

Empregados

43

Segmentação do Ramo Infraestrutura

O cooperativismo de infraestrutura também é marcado pela diversidade de atuação de suas cooperativas. O ramo é dividido em oito segmentos: distribuição de energia, geração de energia, irrigação, telecomunicações, água e saneamento, construção civil habitacional, construção civil comercial e desenvolvimento. As cooperativas de energia, por exemplo, têm papel fundamental no desenvolvimento dos locais em que estão inseridas levando energia elétrica de qualidade a localidades não atendidas por outros agentes do setor e contribuindo com o meio ambiente ao oferecer produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Também merecem destaque aquelas que oferecem serviços relacionados às telecomunicações, que promovem o acesso a conectividade de áreas rurais. Em ambos os casos, elas têm sido importantes no desenvolvimento da zona rural do país. A partir desse cenário, conclui-se que milhões de brasileiros estão tendo a oportunidade de fazer parte do processo de inclusão produtiva e digital. Já as cooperativas habitacionais, por sua vez, trabalham na construção de imóveis, para moradia ou uso comercial e contribuem ativamente para redução do déficit habitacional do Brasil. Vale destacar que a construção civil habitacional possui o maior número de cooperativas do Ramo, representando 39% do total. As cooperativas de distribuição de energia, por sua vez, são responsáveis por uma parcela de 36% do total.

0% Construção civil - Habitacional 0% Geração de energia para consumação 0% Distribuição de energia 0% Desenvolvimento 0% Construção civil - Comercial 0% 0% Água e saneamento Geração de energia para venda 0% Irrigação Distribuição das cooperativas nos segmentos
Distribuição das cooperativas nos segmentos Construção civil habitacional 39% Distribuição de energia 14% Geração de energia para consumação 4% Desenvolvimento 4% Construção civil comercial 3% Água e saneamento 2% Irrigação 2% Geração de energia para venda 1%

Indicadores Financeiros

Quando nem o poder público nem outras organizações se interessavam em levar luz ao interior do país, foram as cooperativas de infraestrutura que permitiram a troca de lampiões e lamparinas pela eletricidade. Essas cooperativas oferecem os serviços de energia e telefonia principalmente em pequenas comunidades rurais. De grande impacto social e econômico, são responsáveis por distribuir e gerar energia elétrica, além de fornecer telecomunicação a mais de 800 municípios, geralmente no interior do país. Prestando diferentes serviços aos seus cooperados, o Ramo é fundamental para garantir o desenvolvimento de diversas regiões do Brasil.

Um resultado que também é refletido nos indicadores financeiros do Ramo:

em 2021, as cooperativas de infraestrutura somaram R$ 6 bilhões em ativos totais, um aumento de 23% em relação a 2020. Outro indicador que comprova relevância do Ramo são os ingressos que totalizaram R$ 4 bilhões, 16% a mais que no ano anterior.

Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Infraestrutura

ATIVO TOTAL CAPITAL SOCIAL SOBRAS DO EXERCÍCIO INGRESSOS R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 2019 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 2020 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 2021
R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 R$ 0,0 00 ATIVO TOTAL CAPITAL SOCIAL SOBRAS DO EXERCÍCIO INGRESSOS 2021 2020 2019

Outros números mostram o retorno das cooperativas de infraestrutura para sociedade:

Em 2021, elas recolheram

R$ 731 milhões

aos cofres públicos!

Isso sem contar com os mais de

R$ 312 milhões

investidos em salários e benefícios aos seus funcionários.

Proporção de tributos e despesas com pessoal - Ramo Infraestrutura

Tributos sobre vendas e serviços 70% 30% Despesas com pessoal
70% 30% Tributos sobre vendas e serviços Despesas com pessoal

MAIS DE R$ 1 BILHÃO EM TRIBUTOS E DESPESAS COM PESSOAL.

Intercooperação é Negócio

A intercooperação, sexto princípio do cooperativismo, é uma estratégia de negócios onde mais pessoas cooperam e ganham. Por meio de parcerias e negociações, duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, podem firmar acordos de transações comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. E em meio a atual crise sanitária provocada pela pandemia, a intercooperação fortalece ainda mais as cooperativas, que saem cada vez mais fortes e competitivas diante das adversidades apresentadas.

A intercooperação, sexto princípio do cooperativismo, é uma estratégia de negócios onde mais pessoas cooperam e ganham. Por meio de parcerias e negociações, duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, podem firmar acordos de transações comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. E em meio a atual crise sanitária provocada pela pandemia, a intercooperação fortalece ainda mais as cooperativas, que saem cada vez mais fortes e competitivas diante das adversidades apresentadas.

Em 2021:

44% das
cooperativas infraestrutura

fizeram negócios com cooperativas de Crédito

10% das
cooperativas infraestrutura

adiquiriram produtos de cooperativas de Trabalho

9% das
cooperativas infraestrutura

utilizaram serviços de cooperativas de Transporte

11% das
cooperativas infraestrutura

adquiriram produtos de cooperativas Agropecuárias

Dados complementares

Investir em infraestrutura é prioridade para os líderes de muitos países. No Brasil não seria diferente: segundo dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (ABDIB), o total estimado de investimentos no setor para os próximos cinco anos (2022 – 2026) cresceu 40%, indo de R$ 113,9 bilhões para R$ 160,1 bilhões. É neste cenário que estão inseridas as cooperativas do ramo no país. Em 2021, o cooperativismo de infraestrutura obteve um faturamento da ordem de R$ 4 bilhões, foi responsável por levar energia elétrica de qualidade a preço justo a mais de 742 mil domicílios, localizados em 9 estados brasileiros e em mais de 800 municípios.

As cooperativas de distribuição de energia, por sua vez, avançaram na contratação no mercado livre de energia, com o objetivo reduzir as tarifas para seus associados, resultando nos processos tarifários destas pioneiras que tiveram um reajuste inferior aos demais agentes do setor.

A geração de energia renovável no cooperativismo, por sua vez, continuou crescendo em 2021. Só na geração distribuída foram constituídas 14 novas cooperativas exclusivas, somado a 709 cooperativas de todos os ramos com projetos de micro e minigeração distribuída, que totalizam 48MW de potência instalada. Um incremento de 20,26Kw em relação a 2020.

Em 2021, o cooperativismo de energia alcançou 56 empreendimentos de geração distribuída compartilhada, 17 a mais que 2020! Ao todo 407 unidades consumidoras recebem energia desses locais, representando um aumento de 71% quando comparado com o ano anterior. A potência instalada, por sua vez, alcançou 12.860 KW.

Empreendimentos Unidades Consumidoras Potência (KW) 56 407 12.860 2021 2021 2021 39 238 11.470 2020 2020 2020 29 149 8.062 2019 2019 2019 Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) GERAÇÃO DISTRIBUÍDA COMPARTILHADA
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA COMPARTILHADA Empreendimentos 56 2021 39 2020 29 2019 Unidades Consumidoras 407 2021 238 2020 149 2019 Potência (KW) 12.860 2021 11.470 2020 8.062 2019

Desafios e Oportunidades

Em meio a grandes desafios relacionados à infraestrutura, o cooperativismo estabelece-se como uma alternativa viável para o acesso à energia de alta qualidade no campo e nas cidades, com destaque para a tendência cada vez maior de geração e distribuição de energias renováveis.

Já são inúmeros exemplos em todo o país de produtores rurais que transformam passivos ambientais em biogás (e que, assim, garantem a segurança e autossuficiência energética) e de pessoas e empresas que adquirem painéis solares para produzirem sua própria energia nas cidades, por meio da organização em cooperativas. As vantagens são muitas: diminuição expressiva de custos de produção; obtenção de ganho de escala; melhores condições nas aquisições da infraestrutura e de insumos necessários para a geração; aumento de produtividade; e implementação de processos produtivos mais sustentáveis.

Conectividade e autogestão energética são a chave para o uso eficiente e sustentável dos diferentes recursos disponíveis. Deste modo, o cooperativismo tem o desafio de buscar soluções que promovam o acesso à internet, melhor gestão da energia e o fomento a produção de energia limpa, com soluções que confiram competitividade às nossas cooperativas e, ao mesmo tempo, qualidade de vida para nossas comunidades.

Desta forma, é essencial que as cooperativas de energia mantenham o protagonismo na qualidade de distribuição e diversifiquem seus produtos e serviços de forma a oferecer acesso aos chamados recursos energéticos distribuídos a seus cooperados, com soluções de inteligência de rede que permitam transformar a realidade e o ônus da geração distribuída em benefícios para todos.

E assim, fazer com que o cooperativismo seja cada vez mais capaz de atender às futuras demandas dos cooperados e comunidades.