Ícone Ramos Agro

Trabalho,
Produção de bens
E serviços

Você já imaginou um modelo de negócio em que os profissionais conseguem alcançar melhores condições de trabalho, crescimento da renda, garantia de direitos sociais e melhora da qualidade de vida? Ele existe, é o cooperativismo de Trabalho, Produção de Bens e Serviços. O setor reúne as cooperativas de prestação de serviços especializados a terceiros ou à produção de bens. Nesses negócios coletivos, os trabalhadores são empreendedores e donos do negócio, unem o capital (posse dos bens de produção) à mão de obra, e estão orientados à autonomia e autogestão.

O diferencial do ramo também pode ser visto nos números:

0

0 mil

0 mil

Cooperativas

Cooperados

Empregos diretos

Ícone aperto de mão

cooperativas

2023

641

2022

655

2021

688

2020

685

2019

860

Ícone cooperados

cooperados

2023

193813

2022

182783

2021

192874

2020

180074

2019

221134

Ícone empregados

empregados

2023

12964

2022

12407

2021

9750

2020

8714

2019

9759

Panorama do Cooperativismo de Trabalho, Produção de Bens e Serviços no Brasil

N
CO
NE
SE
S
RR
AP
AC
AM
PA
TO
RO
MT
DF
GO
MS
MG
ES
RJ
SP
PR
SC
RS
MA
PI
BA
CE
PE
RN
PB
AL
SE

*Dados atualizados em 28/08/2024.

Segmentação do Ramo Trabalho, Produção de Bens e Serviços

Um dos atributos mais representativos do ramo é a pluralidade de atividades produtivas em que esses negócios estão presentes. Desde 2019, o então Ramo Trabalho passou a reunir também cooperativas de produção, minerais, sociais, e parte das que atuam nas áreas de turismo e lazer e educação.

Distribuição das cooperativas nos segmentos

Educação

20.9

%
Demais serviços

18.6

%
Gestão de resíduos

14.7

%
Mineral

11.5

%
Consultoria e instrutoria

9.9

%
Manutenção, conservação e segurança

7.2

%
Produção artesanal

4.3

%
Assistência técnica

3.7

%
Cultura e lazer

2.9

%
Confecção

2.7

%
Tecnologia e inovação

1.8

%
Produção industrial

1.8

%
Sociais

1.2

%

Indicadores Financeiros

O cooperativismo de trabalho, produção de bens e serviços tem como base a valorização do ser humano através dos meios de produção, fomento ao trabalho e renda, sendo estas uma das muitas particularidades que fazem esse modelo de negócios tão especial. O ramo é uma alternativa para pessoas com perfil empreendedor e colaborativo, que valorizam o coletivo e seus aspectos positivos para chegarem muito mais longe. As cooperativas são uma forma democrática de acesso dos cooperados ao mercado de trabalho, apoiando profissionais de diferentes formações e estando ao alcance de todos os cidadãos, mesmos os em situação de vulnerabilidade ou com deficiência. Ademais, a geração de riqueza pelos associados reforça a importância de nossas cooperativas para o desenvolvimento do país, em busca de uma sociedade com melhores oportunidades para todos.

E a importância do ramo também é traduzida nos indicadores financeiros do setor:

0 bilhões

EM ATIVOS

0 bilhões

EM INGRESSOS DO EXERCÍCIO

Indicadores Financeiros do Cooperativismo de Trabalho, Produção de Bens e Serviços

2021
2022
2023
Ingressos
2.9 BI
6.6 BI
5.0 BI
Ativo total
1.2 BI
1.6 BI
1.8 BI
Capital social
118.6 MI
139.2 MI
146.4 MI
Sobras do Exercício
665.2 MI
252.4 MI
188.5 MI

As cooperativas do setor também oportunizam
desenvolvimento e qualidade de vida para sociedade:

0 milhões

investidos em salários e benefícios aos seus funcionários

Intercooperação é Negócio

Intercooperar não é só um princípio do cooperativismo, é também uma forma inteligente e eficiente de fazer negócios com foco em mais cooperação e menos competição. Essa estratégia de mercado ocorre por meio de parcerias e negociações entre duas ou mais cooperativas, do mesmo ramo ou de ramos diferentes, que firmam acordos comerciais, de prestação de serviços, de cooperação técnica ou financeira. Assim, essas ações conjuntas de cooperação e intercooperação podem ser o ponto de virada entre gerar prosperidade ou não provocar resultado algum, principalmente em momentos de adversidade e recuperação da sociedade frente aos efeitos da crise sanitária mundial que permeou a vida das pessoas nos últimos anos.

Em 2023:

0 %

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços fizeram negócios com Cooperativas de Crédito

0 %

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços utilizaram serviços de Cooperativas de Transporte

0 %

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços utilizaram planos de saúde de Cooperativas de Saúde

0 %

das Cooperativas de Trabalho, Produção de Bens e Serviços adquiriram produtos de Cooperativas Agropecuárias

Dados Complementares

Segmento Reciclagem

As cooperativas de reciclagem promovem um ciclo virtuoso de desenvolvimento que transforma a atuação de catadores e catadoras, transborda para os negócios e impacta toda comunidade onde estão presentes. Elas contribuem para dignificar o trabalho dos catadores, favorecem a inclusão social e econômica de trabalhadores que, em sua maioria, não são qualificados e estão em situação de vulnerabilidade. Além disso, figuram como possibilidade de trabalho formal para catadores, propiciando um ambiente de menor insalubridade e com equipamentos de proteção individual; permite maior ganho de escala produtiva do que no trabalho informal, com a catação avulsa nas ruas e em lixões. Adicionalmente, quando organizados em cooperativas, os catadores podem firmar contratos com o poder público e com a iniciativa privada, para realizarem, dentre outros serviços, a coleta, triagem, classificação, processamento, e a logística reversa dos resíduos reutilizáveis e recicláveis.

Confira alguns números complementares desse segmento

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2023, com dados de 2022:

  • • As cooperativas e associações de catadores atuaram em + de 1.700 municípios;
  • • Juntas, as entidades foram responsáveis por mais de 36% do volume de resíduos coletados por essas localidades.

De acordo com o Anuário da Reciclagem de 2023:

  • • As organizações de catadores alcançaram, em 2023, aproximadamente 1,8 milhões de toneladas de resíduos destinados à reciclagem
  • • A reciclagem dos materiais está associada ao potencial de redução de emissões de de 876,3 mil toneladas de gases de efeito estufa;
  • • As organizações de catadores obtiveram um faturamento médio de R$ 1,6 milhões com a venda dos materiais para reciclagem em 2022.

você sabia?

A categoria dos catadores e catadoras conquistou avanços importantes com a instituição do Programa Diogo Santana Pró-Catadoras e Catadores para a Reciclagem Popular - antigo Programa Pró-Catador – prevista no Decreto 11.414/23; e a instituição dos certificados de Crédito de Reciclagem (CCRLR), de Estruturação e Reciclagem de Embalagens em Geral (CERE) e de Crédito de Massa Futura (Decreto 11.413/23).

Entre as ações previstas do programa Pró-Catador estão:

  • • incentivo à contratação remunerada de cooperativas, associações e outras formas de organização popular de catadoras e catadores pelos serviços públicos, municipais, distritais e consorciados de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
  • • capacitação, formação, assessoramento técnico e profissionalização das catadoras e dos catadores;
  • • desenvolvimento de novas tecnologias que agreguem valor a trabalhos de coleta seletiva;
  • • abertura de linhas de crédito especiais para o setor;
  • • fomento à compra de equipamentos, máquinas e veículos para a coleta seletiva pelas associações e cooperativas;
  • • apoio à regularização dos imóveis e das áreas ocupadas por cooperativas, associações e outras formas de organização popular de catadoras e catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; e
  • • articulação, com as gestões municipais, de projetos de inclusão socioeconômica dos catadores na hipótese de fechamento de lixões, entre outras.

A recriação do Programa Pró-Catador e a instituição dos certificados de logística reversa são um ganho importante para as cooperativas de reciclagem, mas ainda há muito a se fazer para melhorar as condições de vida e de trabalho de catadores e catadoras.

Segmento Mineral

As cooperativas minerais têm a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais. Tudo isso de forma sustentável, preservando o meio ambiente e promovendo a melhoria das vidas de seus cooperados por meio da oferta de serviços de saúde, profissionalização e educação cooperativista. O cooperativismo é um meio essencial para formalizar a atividade mineral, garantindo o acesso aos direitos minerais, à cidadania, ao crédito, às políticas públicas, a programas de capacitação, à comercialização da produção e ao desenvolvimento regional com inclusão social.

Cooperativas com títulos minerais ativos na Agência Nacional de Mineração (ANM)

Em 2023, houve 330 Cooperativas com títulos minerais ativos na Agência Nacional de Mineração (ANM). Essas instituições estão presentes em 629 municípios Brasileiros!

2023

0

2022

0

2021

0

2020

0

Dos 5.150 títulos minerais por elas somados:

0 %

eram requerimentos de lavra
garimpeira

0 %

eram de lavra garimpeira
outorgados ou sejam, estão em produção.

Participação das substâncias minerais nos títulos outorgados de Lavra Garimpeira:

Ouro

59.3

%
Cassiterita

22.6

%
Diamante

6.07

%
Ametista

4.2

%
Quartzo

2.65

%
Feldspato

1.64

%
Esmeralda

0.25

%
Demais

3.29

%

Fonte: Cadastro Mineiro da ANM (consulta em 08/07/2024, com processos protocolizados no período de 01/01/2000 a 31/12/2023).

Segmento Produção Artesanal

Desempenhado um papel importante junto a preservação da memória, tradições e propagação da cultura brasileira, as cooperativas de artesanato vêm tendo destaque cada vez maior no que tange a participação em feiras e eventos espalhados pelo país, levando não só suas obras, mas demonstrando que o cooperativismo é uma excelente alternativa à organização das artesãs e artesãos que atuam individualmente e encontram dificuldades para se inserirem no mercado e comercializarem seus produtos.

Hoje o sistema OCB representa em torno de 55 cooperativas, que representam 2067 cooperadas e cooperados e presentes em 17 estados.

Estado Número
AP 2
PB 5
PA 9
MG 5
RJ 3
PI 5
AC 2
RN 7
RR 4
TO 2
AM 2
GO 3
PE 1
PR 1
SP 1
AL 1
DF 1

Segmento Educacional

Responsável não só por promover o empreendedorismo e gestão democrática dos cooperados, esse modelo é marcado por transmitir a cultura cooperativista, por meio de uma abordagem pedagógica diferenciada e organização do trabalho, ele se organiza também com o intuito de oferecer melhores condições de ensino, metodologia e infraestrutura frente à concorrência das outras escolas dos municípios.

Segundo dados extraídos junto do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), foram identificados 168 registros instituições de ensino mantidas por cooperativas e presentes em 21 estados da federação.

Estado Comunitária Filantrópica Particular Total
SP 2 0 28 30
BA 0 0 25 25
SC 0 3 19 22
MG 1 0 17 18
PI 0 0 16 16
RJ 0 0 12 12
MT 0 0 8 8
ES 1 0 6 7
PA 0 0 7 7
AL 0 0 4 4
GO 0 0 4 4
RO 0 0 4 4
PR 0 0 2 2
RN 1 0 1 2
RS 0 0 2 2
MA 0 0 1 1
MS 0 0 1 1
PB 0 0 1 1
PE 0 0 1 1
SE 0 0 1 1

Fonte: Dados Abertos – INEP.

Desafios e Oportunidades

Enquanto debates sobre o futuro do trabalho se intensificam em torno da inteligência artificial e se a automação por robôs substituirá os trabalhadores ou abrirá novas oportunidades de trabalho e prestação de serviços, uma grande parcela da população sequer está empregada formalmente e passa por dificuldades para obter um trabalho e rendimento digno.

Tal cenário é intensificado pela desigualdade no acesso às tecnologias, pela oferta de trabalho por plataformas on-line e aplicativos sem condições adequadas para os trabalhadores, pela necessidade de qualificação dos trabalhadores para uso das novas tecnologias.

Nesse contexto, o cooperativismo, em especial o de trabalho, se fortalece enquanto um meio de inserção de profissionais no mercado, prezando por dignidade e proteção social, apoiado pelo seu potencial de movimentar a economia onde as cooperativas estão inseridas, atrelado ao aspecto da sustentabilidade. Nesse sentido, o cooperativismo de trabalho contribui diretamente para o que vem cada vez mais sendo discutido: a Economia de Impacto.

Os negócios de impacto possuem particularidades importantes que os diferem de um “negócio comum”. Este tipo de negócio nasce do desejo de protagonizar soluções para os grandes desafios sociais e ambientais – e de aportar soluções de uma forma financeiramente sustentável, por meio da oferta de produtos e serviços. O negócio de impacto expressa de maneira clara a sua intencionalidade (missão/propósito) de resolver, ao menos em parte, um problema social e/ou ambiental. Uma prática comum é alicerçar sua tese de impacto em um dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) definidos pela ONU. O sucesso não é medido somente pelo lucro gerado em um determinado período, mas também pelo impacto positivo criado para as pessoas, comunidade ou para o meio ambiente em que está inserido.

Entretanto, muitas cooperativas do setor encontram desafios para se viabilizarem economicamente e promoverem um digno, que é agravado pelas mudanças tecnológicas, carga tributária e previdenciária, problemas de contratação com o poder público e processos de gestão e governança que carecem de melhorias. Dessa forma, é imprescindível a instituições de processos de melhoria contínua para alcançar o diferencial competitivo que o mercado e os clientes exigem.

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